quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Uma pequena narrativa

Estou aqui desta vez para mostrar um texto narrativo em primeira pessoa escrito por mim. Pode parecer um tanto quanto complexo ou diferente, mas gostaria de receber opiniões sobre ele, considerando que será o primeiro post em que coloco uma narrativa neste blog. Sem mais delongas, Michel Higuchi lhes trás...

Além da compreensão

Abro os olhos e me encontro diante de algo nunca visto antes. Um vasto espaço branco, não importa qual lado eu olhe, apenas a sensação de estar com os olhos fechados permanece, apesar de estarem abertos. Nada consigo ver, ouvir ou mesmo sentir. Nada. Haveria algo neste vasto espaço para atrair a atenção de alguém? Não. Apenas algo fora da imaginação, mas que era perfeitamente aceitável. Nada ver, ouvir ou sentir. Nada. Absolutamente nada. Observo atentamente todos os lados, mas nada além do mesmo branco. O que sou eu então? Se nada além do branco está ao meu redor, teria eu um corpo, por algum acaso? Vejo que mencionei olhos em algum lugar acima. O que são olhos afinal de contas? Não há ninguém que possa me responder? O que é o ninguém?

Não importa, não há retorno. Um ser incorpóreo como eu... Espere. Serei eu realmente um ser, por si só? Uma entidade pensante que nada vê e nada ouve. Como penso, aliás? Perguntas vêm à minha cabeça constantemente... Apesar de saber que eu não tenho uma. Ou tenho? Algo assim me desperta curiosidade. Posso pensar, apesar de não ter uma cabeça. Mas por que precisaria de uma cabeça para pensar? O fato de conseguir pensar me intriga tanto quanto a visão esplêndida deste branco inacabável. Acabei de dizer visão, não? Como posso considerar isto uma visão, sendo que apenas o branco está diante de mim? E mais importante que isso, como posso ver sem uma cabeça, sem olhos propriamente ditos? Este branco infindável começa a me irritar. Assim como estes pensamentos, que não sei de onde vem.

Assim que penso em parar de pensar, meu pensamento de parar de pensar se torna um pensamento, portanto não paro de pensar se penso em parar de pensar. Pensando assim, não posso parar de pensar, mesmo se quiser, e isto começa a me intrigar mais ainda. Nada em minha suposta mente me faz parar de pensar. Mesmo que este seja o meu desejo agora, não consigo fazê-lo. E pensar em nada não me faz parar de pensar. Isso apenas me irrita mais ainda lembrando-me do fato que este vasto branco imenso está preenchido com esta forma de não-vida que é o nada. Seria o nada capaz de responder minhas perguntas? Ou melhor, seria eu capaz de perguntá-las, mesmo sabendo que não tenho uma cabeça, portanto não tenho uma boca para isso? E muito menos cordas vocais. E pra que precisaria de cordas vocais se sei que não tenho boca? E por que continuo insistindo em pensar perguntas se sei que ninguém responderá? Raios! Raios. O que são raios? Por que continuo com estas perguntas infindáveis, sabendo que ninguém irá respondê-las? Realmente ninguém responderá? Mas e se ninguém for alguém, seria ele capaz de me responder? Não consigo pensar. E ainda assim, não paro de pensar.

Agora que me dou conta, pensar é algo que consigo fazer, mesmo sem saber o motivo. O que me leva a pensar que sou algo no meio deste nada? Conseguiria o nada pensar também? Ou serei eu uma parte deste nada, dividido em várias partes de nada, que consegue pensar igualmente a todas as outras partes, mas apenas não conseguem se comunicar? Ou seria eu a única parte do nada que não consegue se comunicar? A comunicação é realmente necessária? Posso tentar uma vez...Ou poderia, se tivesse uma boca. Mas se tivesse uma boca, seria o suficiente para saber que não sou parte deste imenso nada, e chegaria a conclusão de que estou sozinho. Como não tenho uma, ainda posso considerar a existência de outros nadas como eu. Ei, por acaso acabei de admitir que faço parte do nada? Ou acabei de me considerar como nada? Muito prazer, meu nome é Nada. Não soa tão mal quanto pensava. Mas que utilidade tem um nome, se não posso utilizá-lo? Se não podem me chamar? Se não posso me auto-proclamar o primeiro Nada, pois sei que nessa imensidão branca podem haver outros nadas como eu, que pensaram nisto antes? Teriam eles pensado nisso antes de mim? Mas a idéia de me auto-proclamar o primeiro Nada não é tão má. Ou Nada I ficaria melhor? Ser um Nada no meio do nada é um tanto quanto estranho, mas eu poderia me identificar como Nada a hora que quisesse, pois sei que os outros nadas não vão me ouvir.

Eu sou Nada. E nada sou eu. Sou o Nada, em meio ao nada, que não faz nada além de pensar. O nada ao meu redor me conforta agora, sabendo que existem tantos como eu. Mas isto agora pode estar além de sua compreensão, pois você não é nada. Eu sou Nada. Conseguirá você me compreender, aquele que está além da sua compreensão? Quem é você? E quem sou eu para saber sobre você? Nada. Nada.

~Fim~

~Mike

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Orb

Disciplina - Modelagem 3D Básica
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Após o termino do orb, apliquei a função Extrude Matrix em um cone, e coloquei um céu.

Extra: uma pokebola xD
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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Orb com textura

Disciplina - Modelagem 3D básica

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Versão texturizada do Orb.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

3D - O Retorno

Disciplina - Modelagem 3D Básica

depois de um bom tempo sem postar nada de 3D, ai estão os modelos acumulados das ultimas semanas~

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o tal do tonel, que ficou parecendo mais uma pilha.

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o interior de uma casa

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uma sala ampla, com alguns pilares

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e o tal do Orb, começado em sala de aula.